sábado, 12 de setembro de 2015

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O Jogo: Trilogia The Game – Volume 1 | Resenha
 
(O Jogo: Trilogia The Game – Volume 1, original: Geim – The Game Trilogy #1; Autor: Anders de La Motte; Editora: Darkside Books; Tradução: Alexandre Matias e Mariana Moreira Matias Editora; 272 páginas, 2015)
O Jogo: Trilogia The Game – Volume 1 é o novo lançamento da editora DarkSide Books, que desta vez apostou no suspense sueco de Anders de La Motte.
Com uma escrita ágil, capítulos curtos e muitos ganchos repletos de suspense, de La Motte cria uma narrativa rápida e difícil de abandonar. Constantemente queremos saber o que mais virá desta história. Junte isso a um volume de 270 páginas, e você deve devorar o livro rapidamente. Mas não necessariamente ficará satisfeito.
HP tem 30 e poucos anos, não tem emprego fixo nem muitos amigos, e vive a vida tentando aproveitar qualquer oportunidade de “se dar bem”. Ele encontra um celular perdido e, já pensando em fazer dinheiro com ele, o embolsa. Mas ele é contatado através do aparelho por uma pessoa misteriosa que simplesmente se intitula Mestre do Jogo, e o convida para o tal jogo: se ele fizer as missões propostas, ganha dinheiro por elas. Inicialmente as missões consistem em roubar um guarda-chuva, pichar a porta de um desconhecido, mas rapidamente elas ficam mais perigosas, envolvendo até acidentes. É quando HP decide se afastar, e percebe que não será tão simples assim.
Do outro lado temos Rebecca, uma jovem policial que tenta se provar como segurança pessoal. Um grave trauma do seu passado ajudou a definir quem ela é hoje e quem nunca mais quer ser. Sua trama e a de HP acabam surpreendentemente envolvidas.
A comparação com Stieg Larsson, de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, é inevitável graças a nacionalidade sueca de ambos, além do gênero literário que desenvolvem, o suspense. A própria contracapa da edição evoca isso. Ainda que o estilo de ambos seja completamente diferente, é possível ver que de La Motte realmente se inspirou no outro – assim como Larsson, utiliza teorias de conspiração e divide a narrativa em dois protagonistas. E, curiosamente, assim como Larsson, cria uma personagem feminina muito mais interessante do que o protagonista.


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